sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Você acha que não existe inventor brasileiro? Veja as fantásticas invenções de nossos compatriotas


Se você pensa que nós, brasileiros, não temos boas ideias ou que tudo que é novidade é inventado em outros países, dê uma olhada na história das invenções, para perceber que a coisa não é bem assim. Nossos cientistas e pesquisadores sempre tiveram bons projetos, mas, por falta de reconhecimento e apoio, muitos acabaram ficando pelo caminho e as glórias acabaram indo parar nas mãos de estrangeiros.


Nosso primeiro inventor

Bartolomeu Lourenço de Gusmão, (Santos, 1685 — Toledo, 1724) foi um padre católico, cientista e inventor, nascido na então colônia portuguesa do Brasil, capitania de São Vicente. Apelidado de “padre voador”, o padre Gusmão tornou-se famoso por ter inventado o primeiro aeróstato operacional, a que chamou de “Passarola”. É uma das maiores figuras da história da aeronáutica mundial. Foi o primeiro inventor, não apenas do Brasil, mas das 3 Américas.



Invenções de Santos-Dumont

Alberto Santos-Dumont (Palmira, Minas Gerais, 1873 — Guarujá, São Paulo, 1932) foi um engenheiro-mecânico extremamente criativo. Ainda criança, inventou aviõezinhos com hélices acionadas por elásticos. Já adulto, trouxe para o Brasil o primeiro automóvel movido a petróleo. Mas foi em Paris onde sua criatividade e talento foram reconhecidos. Veja, a seguir, algumas das principais invenções desse notável mineiro:


Balão a gás de pequeno porte: revolucionou a construção de aeróstatos. Foi batizado de Brasil, em homenagem à terra natal de Dumont


Dirigível: ao colocar um motor movido a petróleo num balão a gás, Dumont inventou o primeiro dirigível. O modelo nº 9 foi o primeiro a dar a volta à torre Eiffel.



O avião: o 14 Bis foi a primeira aeronave mais pesada do que o ar a levantar vôo por seus próprios meios. Até hoje existe uma dúvida sobre quem apresentou primeiro a ideia, se foi Santos-Dumont ou os irmãos nortemericanos Wilbur e Orville Wright, mas as provas favorecem muito mais o brasileiro.


O precursor do ultraleve: o Demoiselle 20, um avião menor, mais rápido e com maior possibilidade controle que o 14 Bis, foi o último invento aeronáutico de Dumont. E o primeiro ultraleve da história. Tinha 115 kg, envergadura de 5,50m e comprimento de de 5,55m.


O relógio de pulso: um dia, Dumont pediu ao seu amigo e famoso relojoeiro Louis-François Cartier que transformasse o seu relógio de bolso num relógio que pudesse ser colocado em seu pulso, usando alças no lugar da corrente, de modo que ele pudesse controlar facilmente o tempo que passava no ar, enquanto manobrava os comandos da aeronave. Rapidamente, o modelo tornou-se moda em Paris e, dali para o resto mundo, foi um pulo.

Hangar com portas de correr: em 1900, para fechar o galpão onde montava as suas invenções, Dumont colocou portas que corriam sobre rolamentos. O primeiro hangar do mundo tinha 11 metros de altura, 7 metros de largura e 30 metros de extensão.



A urna eletrônica para votação

Desenvolvida pelo juiz eleitoral Carlos Prudêncio, em parceria com seu irmão Roberto Prudêncio, proprietário de uma empresa de informática, o primeiro modelo foi testado em 1988, em Santa Catarina. Após alguns anos de aperfeiçoamento, a primeira eleição computadorizada aconteceu também em Santa Catarina, na cidade de Xaxim, em 1995. Atualmente, o Brasil é o país responsável pela maior eleição informatizada do mundo e, consequentemente, com apuração mais rápida. O modelo despertou o interesse de diversos outros países.


BINA – identificador de chamadas

O inventor do sistema de identificação de chamada, conhecido como BINA, foi Nélio Nicolai, um brasileiro de Belo Horizonte, em 1982. No entanto, Nélio foi desacreditado pelo governo na época. Mesmo tendo a patente do produto, ele atualmente trava uma árdua batalha contra as operadoras de telefonia ao redor do mundo e, até agora, nada ganhou com a sua invenção. O inventor calcula que o valor mensal dos royalties que deveria receber gira em torno de 4 bilhões de dólares.


Transmissão radiofônica

O padre gaúcho Roberto Landell de Moura conseguiu certo reconhecimento como pai da tecnologia que revolucionou a comunicação ao redor do mundo. Landell patenteou, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, dois equipamentos, antes do ano de 1900, devidamente testados e capazes de transmitir sons a distâncias impensáveis à época. Os outros inventos do segmento, desenvolvidos por cientistas fora do Brasil, conseguiam apenas enviar sinais telegráficos a uma distância curta. Mas as invenções de Landell não obtiveram apoio do governo brasileiro nem da iniciativa privada, fazendo com que o padre abandonasse os experimentos algum tempo depois.


Walkman

Andreas Pavel nasceu na Alemanha, em 1945, mas mudou-se para o Brasil aos seis anos. Em 1972, teve uma ideia: criar um aparelho com o qual ele pudesse ouvir músicas em qualquer lugar. Ele pesquisou, montou o equipamento e patenteou-o. Tentou vender a ideia para algumas das grandes fabricantes de produtos sonoros, mas, por incrível que pareça, não houve interesse. Até que, em 1979, a Sony colocou no mercado o Walkman, um produto que bateu recordes de vendas ao redor do mundo. Pavel negociou os direitos sobre a invenção até 2004, quando assinou um acordo com a empresa japonesa – cujos números permanecem em sigilo.


Máquina de escrever

Quase ninguém sabe, mas essa invenção também nasceu no Brasil, no século XIX. O padre João Francisco de Azevedo teve a ideia de adaptar um piano de 24 teclas para que ele pudesse imprimir letras em um papel. Velho e doente, Azevedo entregou, ingenuamente, a sua invenção ao negociante George Napoleón, que garantia ter interessados em fabricá-la nos Estados Unidos. O padre nunca mais teve notícias do vendedor, mas alguns anos depois, um modelo quase igual foi apresentado nos EUA, por Christofer Sholes. Em seguida, a empresa Remington comprou a ideia e passou a o invento em escala comercial.


Fotografia

O primeiro homem a descobrir uma forma de gravar imagens com o uso da luz não era brasileiro, mas vivia em nosso território. Morador da cidade de Campinas, no interior de São Paulo, o francês Hercule Florence descobriu um método para imprimir fotos usando papel sensibilizado com nitrato de prata. Enquanto ele desenvolvia seu trabalho em silêncio, por aqui, uma pesquisa parecida estava em andamento na França. As pesquisas de Louis Daguerre e Joseph Niépce são consideradas o ponto inicial da fotografia e ambos herdaram a paternidade da invenção. Ao saber das conquistas da dupla francesa, Florence abandonou suas pesquisas.



Outras invenções brasileiras

Copo americano, por Nadir Figueiredo. / Escorredor de arroz, por Therezinha Beatriz de Andrade. /Orelhão, por Chu Ming Silveira / Futevôlei, por Otávio Morais / Lacre de segurança de plástico, por Eduardo Lima. / Painel eletrônico, por Carlos Eduardo Lamboglia. / Coração artificial, por Aron de Andrade. / Tênis computadorizado, pela Alpagartas Brasil. / Cartão telefônico, por Nélson Guilherme Bardini. / Sangue artificial, por Eliana Abdelhay. / Vacina contra Hepatite B, por Nicolai Granovski.

Como se pode ver, não falta criatividade à nossa gente.



Fonte: VocêSabia

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